A SERVA
PARTE 2 - O Primeiro Encontro



A noite acabara de cair. Miguel aguardava por Sofia no bar do hotel. Nunca se tinham visto pessoalmente mas há vários meses que mantinham uma “relação”. 
 
Ia ser a primeira sessão de Sofia ... Sofia chegou. Cumprira religiosamente as instruções: cabelo liso negro como a noite; sapatos de salto alto; vestido curto preto com um decote acentuado que salientava os seios redondos de Sofia. Não trazia nada por baixo do vestido e a ansiedade levava a que os mamilos, de tal forma eretos que estavam, parecia querer romper o tecido e chegar à sessão antes de Sofia.
 
“Boa noite Sofia” ... o tom grave da sua voz fez Sofia estremecer num misto de desejo e ansiedade. De olhos postos no chão, seguindo as instruções do seu Senhor, Sofia soltou apenas um “Boa noite Senhor”.  “Segue-me” foi o que se ouviu. Um som autoritário sem qualquer grito. O corpo de Sofia começou a seguir o seu caminho. Uma necessidade de servir este homem invadiu o seu corpo e a sua mente.
 
Sofia sentia uma necessidade de servir, de olhos postos no chão seguia o Seu Senhor. Uma figura cujo rosto ela ainda desconhecia (não tinha tido a audácia de olhar para cima) mas o corpo robusto de um homem de 40 anos fazia-a sentir-se impelida a segui-lo.
 
O caminho até ao quarto foi percorrido em silêncio. Subitamente parecia que o hotel tinha mergulhado num silêncio absoluto apenas interrompido pelo som dos saltos de Sofia que ecoavam por toda a parte. A cada passo que dava o coração de Sofia acelerava: expectativa, desejo, ansiedade. Tudo isto Sofia sentia enquanto ecoavam na sua cabeça as palavras de Miguel na noite anterior: “O poder é teu Sofia. Em BDSM o poder é do bottom. O bottom define os limites e tem o poder de interromper a sessão a qualquer momento. Tens duas palavras seguras mas garanto que não vais precisar. Uma para a sessão se tornar menos intensa e outra para a interromperes”.
 
Enquanto pensava chegaram à porta do quarto. A porta abriu e a penumbra do quarto era cortada pela luz das velas espalhadas pelo mesmo. Não tirou os olhos do chão. Ouviu a porta fechar-se atrás de si. Não conseguiu deixar de engolir em seco. Miguel percebendo a ansiedade de Sofia pegou na mala de mão que ela trazia ao ombro e colocou-a no móvel. Com as costas da sua mão percorreu lentamente o braço de Sofia até chegar ao seu rosto. Com os dedos levantou o rosto de Sofia. Pela primeira vez vislumbrou os olhos cor de avelã de Miguel. Os olhos eram mais doces do que imaginara. Os lábios perfeitamente desenhados convidavam-na a beijos lânguidos. A barba era muito curta e bem cuidada ... Sofia já imaginava o roçar dela pelo seu corpo.
 
Os lábios de Miguel encostaram-se ao ouvido de Sofia e segredaram: “repete as tuas palavras seguras, preciso ter a certeza que as conheces, nada farei que não queiras que faça”. A proximidade dos lábios, a brisa que deles brotou, a segurança na voz fizeram Sofia ter confiança na noite que se iria seguir.
 
Tinha combinado com a Vanessa, a sua melhor amiga, que iria ligar para ela saber que estava segura mas sentia que não seria necessário...mas uma ordem do Seu Senhor era uma ordem a cumprir. Quase automaticamente Sofia disse ambas as palavras. “Linda menina!” foi o que ouviu e não conseguir não sorrir. Amava ser elogiada.
 
Lentamente Miguel abriu o fecho do vestido que caiu expondo o corpo esguio de Sofia. Um corpo lindo pronto a ser explorado.  Por instantes Miguel ficou a contemplar o espécime que tinha diante de si. Sofia nos seus 40 anos tinha um corpo de 20. Elegante, magra mas com curvas. Cintura fina que alargava numas ancas delicadas e num rabo de sonho ... perfeito. Instintivamente acariciou aquele rabo delicioso que ele iria marcar. Os seios redondos, lindos, firmes saídos das mãos de um artista e com uns mamilos eretos, grandes, ideiais para o que Miguel tinha em mente.  Sofia era, de longe, a mais bela submissa que Miguel tivera.
 
”Tira o cinto das minhas calças.” Sofia obedeceu prontamente segurou-o com ambas as mãos e entregou-o como se estivesse a entregar uma espada a um nobre.  Miguel pegou no cinto e passou-o lentamente pela perna de Sofia. Começou pelos tornozelos e demorou o seu tempo até chegar à coxa. Sofia começou a sentir-se ainda mais excitada. Sentiu os músculos da vagina a contrair, fluidos começaram a correr, isto era tudo o que tinha imaginado, muito melhor que o que tinha visto em filmes.
 
Miguel repetiu e ocasionalmente levantava o cinto, Sofia pensava que era desta que o ia sentir mas nunca era. Miguel apenas brincava com ela. Subitamente, quando Sofia menos esperava, a mão de Miguel atingiu a sua nádega com toda a força. Sofia não percebeu se foi da surpresa ou da dor mas sentiu-se pronta a ser penetrada ali naquele momento e soltou um gemido.
 
Miguel sorria com a malícia de quem sabe o que está a fazer e sussurrou-lhe: “ainda não minha Pu....taaa.” A maneira vagarosa com que disse “pu ... ta” salientou ainda mais o desejo de Sofia. 
 
Miguel passou para trás de Sofia e colocou-lhe uma fronha de uma almofada na cabeça. Privada de visão os restantes sentidos de Sofia ficaram mais aguçados. Sentia mais claramente o cheiro das velas. Sentia com muita clareza o respirar de Miguel e ouvia os seus passos. “Respira fundo” foi o que cortou do pensamento de Sofia seguindo-se uma dor aguda nos mamilos.
 
Miguel havia colocado dois clamps que havia comprado na sex shop nesse mesmo dia.
 
Sofia já havia colocado molas de roupa mas agora havia sentido algo diferente. 
 
Por um lado a sensação de metal era distinta da madeira. Por outro, era a primeira vez que o Seu Senhor colocava algo nos mamilos. Doía muito. Miguel havia tido o cuidado de colocar os clamps na base do mamilo e não usar todo o aperto ... mas a dor era muito maior mas muito mais prazerosa que as molas de roupa. Sofia sabia que iam ser muito usadas.
 
“Obrigada Senhor” soltou ela enquanto uma lágrima se soltou. Lágrima que Miguel limpou com o dedo dizendo “sabes me servir serva, gosto disso”.
 
Miguel sabia ser a primeira vez de Sofia e mostrando preocupação com a sua serva perguntou “sentes-te pronta? podemos continuar?”. Sofia soube que estava em boas mãos. Este era o Seu Dom, aquele que iria usar o seu corpo mas cuidar da sua alma. Soltou um “Sim Senhor” sem pensar duas vezes.
 
Miguel conduziu-a a um banco que havia no quarto. Apoiou as mãos de Sofia no banco e abriu-lhe ligeiramente as pernas. Sofia estava em posição de spanking e vendada.
 
Miguel pegou na sua segunda compra do dia. Um flogger de tiras de cabedal. Tiras finas mas compridas. Um instrumento que fazia as delícias de Miguel. Mas este tinha chamado a sua especial atenção enquanto passeava pela loja.  De cor escarlate, colocado ao lado de um chicote provocador, tinha captado a atenção do Miguel.  Sabia que Sofia ainda não estava preparada para este flogger ... mas também sabia que não seria a sua única sessão com Sofia.
 
Usou o flogger como provocação, suave, delicado e a mente de Sofia mergulhava num misto de sensações. Sabia exatamente o que era pois já tinha visto vários mas nunca tinha sentido um na pele. A cada toque sentia o medo da dor e a excitação da leveza do toque. Sofia sentia-se ao rubro e na sua mente vivia a contradição do desejo e do medo deste instrumento de tortura. Como podia algo que visava provocar dor ser tão prazeroso? Esperava a cada momento sentir as tiras a rasgar a sua pele mas apenas sentia-as a percorrer o corpo de forma suave e gentil como se fora uma pluma.
 
Sentiu Miguel a afastar-se. Pensou é agora. Contraiu as nádegas para suportar o embate do flogger.
 
O primeiro embate foi suave, ao que se seguiram vários igualmente suaves. Uma intensidade  suportável. Sofia sabia que Miguel não ia ser muito intenso (ele tinha prometido) mas caramba aquilo não era nada. Pensava Sofia.
 
Mais uma vez, quando nada o fazia prever, o que sentiu foi o cinto de Miguel que ela havia tirado das suas calças.
 
O cinto deixou literalmente a sua marca. A dor foi tão forte que fez esquecer os clamps que continuavam nos mamilos. Os joelhos fraquejaram e Sofia soltou um grito. “Ainda agora começou” foi o que se ouviu seguindo-se mais 3 vergastadas.  O som do cinto na pele de Sofia foi o único som que se ouviu. Sofia não percebia o misto de dor e prazer que sentia.
 
Sem saber o que se estava a passar quando deu conta estava com a cabeça em cima do banco, mãos atrás das costas e cordas amarravam os braços um ao outro. Com os mamilos e as nádegas a gritar de dor a vagina exigia prazer. Lendo os pensamentos de Sofia pegou na varinha que ela havia trazido (era o brinquedo preferido dela e já a tinha ordenado usar em vídeo-chamadas seguindo as suas instruções) e começou a massajar a cona de Sofia.
 
“Vem-te cadela” e Sofia teve o maior orgasmo que alguma vez tinha sentido, um jacto de fluidos brotou de si e um espasmo atravessou o seu corpo. 
 
Miguel não parou. Sofia nem acreditava. O seu corpo dorido pedia mais e os orgasmos foram-se sucedendo um atrás do outro, forçados, todos. O seu corpo já não aguentava mais e ao 8o orgasmo colapsou no chão.
 
Miguel sorria. Sorria de uma forma maliciosa de quem sabia ter-se tornado dono deste belo exemplar do sexo feminino. Sofia ia ser a sua submissa. Sabia disso.
 
Mas agora tinha de tratar daquilo que é mais importante numa sessão: “o after care”. Mimar e cuidar de Sofia.
 
Desamarrou as mãos de Sofia. Beijou as marcas deixadas pelas cordas. Levantou-a do chão e deitou-a na cama.  Deitou-se a seu lado e aninhou-a no seu peito.
 
Segredou-lhe as palavras “terminou a tua sessão”.
 
Enquanto acariciava e mimava a Sofia ela sentia uma união cósmica.
 
Adormeceu nos braços do Seu Senhor, tranquila, em paz. A paz que sempre ouvira da boca de outras submissas e só agora entendia. A paz que advém da liberdade de ter um dono a quem servir.
 
Dormiu e sonhou, sonhou em tornar-se na submissa que sempre quis ser.


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