ENTRE O SAGRADO E O PROFANO
Conheci o Gustavo num evento público. Como dois atletas que somos, ambos sabíamos quem éramos, apesar de nunca termos falado, de nunca nos termos cruzado. Nessa noite, isso mudou. Trocámos algumas palavras e aí cresceu o meu desejo.
Começo por aí porque, ao mesmo tempo que o comecei a desejar ali mesmo, tinha o meu namorado à minha espera em casa.
No fim do evento, fui para casa e, quando o Santiago me abriu a porta, nem esperei que ele falasse. Fiz aquele olhar de mulher que sabe o que quer e o que eu queria era que ele me beijasse. Na verdade, naquele preciso momento, não queria ser beijada por ele, mas pelo Gustavo. Tive de tomar as rédeas da situação, quando tudo o que eu queria era que fosse o contrário. Cheguei-me perto dele e fechei a porta atrás de mim, agarrei-o pelo colarinho da t-shirt para que ele não se afastasse e passei a minha língua suavemente pelo lábio inferior dele, até que senti a respiração dele a acelerar. Arrastei-o para o encostar na parede atrás dele, mas na minha imaginação o que estava a acontecer era muito diferente da realidade.
As imagens que me passavam pela cabeça eram do Gustavo a encostar-me à parede e a beijar-me, depois a virar-me de costas para ele. Ainda encostados à parede, a deslizar uma das mãos dele por dentro da minha camisola e a tocar-me nos mamilos, suave, mas firmemente, para eu me sentir ainda mais molhada.
Enquanto isso, já eu tinha arrastado o meu namorado para o quarto e o tinha empurrado para a cama, e a despir-me no caminho, pensava que o Gustavo me ia estar a despir com a outra mão e, depois disso, molhava os dedos na boca dele e me tocava, para me preparar para o que aí vinha. Quando me sentei em cima do Santiago e o senti a entrar dentro de mim, o Gustavo, na minha imaginação, ia estar a entrar dentro de mim na mesma posição em que ainda estávamos, ao mesmo tempo que me tocava no clitóris suavemente, e me mandava ondas de prazer pelo corpo todo e sussurrava ao meu ouvido que me queria sentir desde o momento em que me tinha visto pela primeira vez.
- “Está-te a saber bem?” - acordei do meu transe com a voz do Santiago ao meu ouvido. Já estávamos deitados na cama, de lado, comigo de costas para ele, com a perna esquerda a envolvê-lo e a puxá-lo mais para dentro de mim, com ele a tocar-me mesmo no sítio certo.
Tive de gemer, porque o prazer era imenso. Pelo que estava a viver ali com o Santiago, mas também pelo que o sexo com o Gustavo, na minha imaginação, me estava a fazer sentir. Tentei concentrar-me no meu namorado, olhando para ele, mas a única pessoa que eu via e que desejava ter dentro de mim era o Gustavo, um rapaz que eu achava ser totalmente inacessível. E, talvez por isso o desejava tanto.
Passaram meses sem que eu voltasse a pensar nele e a ter desejos sexuais com ele na minha cabeça. Contudo, houve um dia em que começámos a trocar umas mensagens e voltou tudo outra vez, mas mais forte ainda.
A primeira vez que fui a casa dele, sabia para o que ia. Já tínhamos estado juntos antes, beijámo-nos e percebemos que não ia ser uma cena de uma vez. No entanto, este não é um conto de amor, mas sim de paixão, ardor, desejo, amor físico e a verdade é que nós expressávamos o nosso amor pelo sexo e digo-vos: nunca fiz amor assim, tão incrivelmente prazeroso e sensual.
Nessa primeira vez, começámos a beijar-nos mal eu passei a porta. Deitámo-nos no sofá e eu despi-lhe a t-shirt rapidamente. Estava desejosa de ver o corpo dele. Ele tirou-me a blusa, que eu tinha prendido por dentro das calças, e começou a subi-la, ao mesmo tempo que me desapertava o soutien com a outra mão e o tirava.
- “Tens uma barriga mesmo bonita!!!” - disse ele, enquanto olhava para ela e passava os dedos languidamente na minha pele.
Quando dei conta, já ele estava a lamber-me os mamilos e a desapertar-me o botão das calças e, poucos minutos depois, estávamos os dois nus a beijar-nos sofregamente e a querer mais.
- “Anda, vamos para o quarto.”
Levantou-se e pegou-me na mão para eu o seguir. Ele sentou-se na cama e eu sentei-me em cima dele e, antes que ele entrasse em mim, ele apenas me abraçou e sussurrou ao meu ouvido:
- “Acho que não quero fazer amor contigo só uma vez.”
Não consegui responder, porque ele pegou em mim, deitou-me na cama e entrou em mim. Tenho a dizer que nunca tinha tido nada tão grande dentro de mim como daquela vez e acho que fiquei viciada nisso. Ele agarrou-me nos braços e prendeu-os em cima da minha cabeça, para que eu não me conseguisse mexer e, enquanto entrava e saía de mim, beijava-me os lábios, o pescoço, as orelhas.
Depois, eu pedi-lhe que me tocasse enquanto ele penetrava. Ele levantou-se, lambeu os dedos e fez exatamente aquilo que eu tinha pedido. Havia momentos em que se movimentava mais devagar, para me torturar, e eu, deitada a olhar para ele, ficava excitada só de reparar na forma como ele estava a saborear o prazer que estava a ter comigo. Nesses momentos, ele respirava fundo e, quando gemia, deixava cair a cabeça para trás, fechava os olhos e deixava a boca entreaberta.
Havia momentos, em que ele se mexia mais rápido e aí ele olhava para mim, cuspia para o meu clitóris e começava a tocar-me mais rápido também. E foi num desses momentos em que eu comecei a sentir um prazer enorme a percorrer-me o corpo e lhe disse que me ia vir. Segundos depois, ele vinha-se ao mesmo tempo que eu.
No fim, saiu de dentro de mim e deitou-se ao meu lado. E, nesse momento, eu soube que não ia ser a única vez que íamos fazer amor.
Escrito por seguidora anónima.
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